26 de novembro de 2010

Leandro, sobre a classificação do Goiás para a final: ‘Este é o futebol'


Jogador diz que companheiros devem ficar ‘ainda mais ligados’ com o
time finalista da Sul-Americana, que também está rebaixado à Série B

No futebol existe uma máxima que diz que o esporte é uma ‘caixinha de surpresas'. Para muitos, a última ‘peça’ foi a classificação do Goiás sobre o Palmeiras, para a final da Copa Sul-Americana. Detalhe: a heroica conquista dos goianos foi no Pacaembu lotado, e o time de Felipão, que no primeiro jogo fez 1 a 0, tinha a vantagem.

Para o lateral-esquerdo Leandro, do Atlético-MG, a vitória do Esmeraldino, próximo adversário do Galo no Brasileirão, retrata muito bem as surpresas que o mundo da bola reservam. O jogador ainda faz um alerta aos companheiros de time.

- Este é o futebol. Não tem nada fácil. Antes do jogo, se alguém perguntasse para quem está aqui na sala (de imprensa), pouquíssimos apostariam no Goiás. E eles foram lá em São Paulo, com o Pacaembu lotado e fizeram seu dever. Acho que só no estado deles eles eram acreditados. Temos que entrar mais ligados ainda. O futebol proporciona essas surpresas. Independentemente de quem jogue no Goiás, temos que ter respeito. Nós, no Atlético, temos que pensar apenas na vitória. Ainda não conseguimos nosso objetivo, que é escapar dessa segunda divisão.

A partida entre Atlético-MG e Goiás, neste domingo, na Arena do Jacaré, é fundamental para as pretensões do alvinegro nesta temporada. Uma vitória poderá eliminar de vez qualquer risco de rebaixamento. Leandro diz que os jogadores estão concentrados para conquistar um bom resultado no jogo ‘mais importante do ano’.

- São três pontos importantíssimos. Falamos (os jogadores) isso após o treino. É o último jogo do ano, um jogo decisivo para nós. Esse jogo é o mais importante. E nada mais justo do que a gente ir para o campo e presentear nosso torcedor com a vitória. Esperamos que ele nos apoie o tempo todo.

Mala branca

Perguntado sobre a prática da ‘mala branca’ no futebol, Leandro disse que é contra o ‘incentivo’. Segundo ele, ao aceitar uma oferta de algum outro clube, o jogador acaba ficando com o ‘rabo preso’.

- Nós somos profissionais, não só aqui, em qualquer lugar. (Isso acontece) desde o momento que a gente veste uma camisa, seja de time grande ou pequeno. Não acho justo fazer isso, porque depois você fica de ‘rabo preso’ com outras pessoas. Porque aí fica ‘Ah, você entregou aquele jogo’. Eu, Leandro, não entro em campo para entregar jogo.

Perguntando se o sistema do Brasileirão em pontos corridos contribui para esta prática, Leandro, indiretamente, disse que sim.

- Se pudesse escolher seria mata-mata, era legal ,com estádio sempre cheio. Hoje você vê umas equipes sem condições de lutar pelo título, nem contra o rebaixamento. Aí você vai ao estádio e ele está lá, sempre vazio. Gostaria do mata-mata.

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