Nada de multas extras ou demissões na Cidade do Galo. O dia seguinte à goleada sofrida para o Internacional (4 a 0), a segunda seguida no Campeonato Brasileiro – antes perdera por 4 a 1 para o Flamengo –, foi mais uma vez de muita conversa e pedido de desculpas.
Presidente atleticano vai ao CT cobrar atitude pelo fiasco contra o Inter, mas garante a permanência do técnico e não pune jogador
Sob o olhar atento do presidente Alexandre Kalil, o lateral-esquerdo Guilherme Santos, expulso diante do Colorado, tentou se explicar pelos gestos obscenos feitos para a torcida quando saía do campo. Já o capitão Réver assegurou não existir nenhuma articulação entre os jogadores para derrubar o técnico Dorival Júnior, ainda prestigiado pela diretoria. “Ninguém está fazendo corpo mole. O Dorival é um grande cara, um treinador de expressividade nacional. Não estamos fazendo sacanagem com ninguém, muito menos com o treinador.”
De qualquer forma, Alexandre Kalil deu a entender, ainda depois do confronto com o time gaúcho, que não vai admitir desmandos. “Vi um apavoramento generalizado e um desespero descontrolado (diante do Inter). A pressão que nós mesmos criamos é aquela história: passarinho que come pedra sabe o que tem”, avisou. Ele assegura a permanência do treinador. Dorival também garantiu o cumprimento do contrato. Um novo tropeço diante do Ceará, quarta-feira, em Fortaleza, no entanto, pode mudar os conceitos. O técnico do alvinegro está na mira do Grêmio, que demitiu Renato Gaúcho.Como prometido na noite fatídica em Sete Lagoas, o presidente cancelou compromisso no Clube dos 13 e foi ontem ao CT de Vespasiano. Reuniu-se por cerca de 20 minutos com jogadores e comissão técnica para tentar entender o fiasco. “Ele tem todo o direito de cobrar, pois o rendimento não tem sido o mesmo. E pediu explicação, fez cobranças. Nós, jogadores, conversamos, nos posicionamos para tentar acertar. Espero que essa conversa tenha rendimento e que a gente coloque em prática em campo”, contou Réver.
Kalil fez questão de acompanhar a entrevista de Guilherme Santos. O lateral-esquerdo afirmou que sofreu ofensas racistas de dois torcedores, quando caminhava para o vestiário, e se desculpou com a massa. O presidente prometeu, mas não puniu o jogador, que foi multado por causa da expulsão (desconto em salário), procedimento já adotado pela diretoria nesses casos. “O Maluf (Eduardo, diretor de futebol) entendeu que realmente eu fui ofendido pelos torcedores”, contou o lateral.
MUDANÇA DE CASA A primeira providência para tentar mudar a situação do Galo é trocar de casa. Diante do aproveitamento bem diferente do que desejava a comissão técnica, o alvinegro retornará ao Ipatingão no clássico do dia 10 contra o América. Em 2010, o Galo disputou 18 partidas em Sete Lagoas, venceu oito, empatou duas e perdeu o restante, aproveitamento de 48,14%. Este ano, venceu nove dos 16 jogos disputados, empatou quatro e perdeu três (64,58% de aproveitamento).Tweet
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