20 de julho de 2011

Presidente atleticano dá explicação a torcedores em manifestação na porta da sede do clube


Um grupo de torcedores do Atlético-MG realizou uma manifestação pacífica, no início da noite desta terça-feira, em frente à sede administrativa, no Bairro de Lourdes, protestando contra a fraca campanha do time no Brasileiro. Nem mesmo o anúncio da contratação do atacante André, junto ao Dínamo de Kiev, agradou os manifestantes, que questionaram a qualidade das contratações feitas pelo clube.
  • Guyanne Araújo/UOL Esporte Manifestantes levaram cartaz contra o patrocinador e protestaram contra jogadores do Atlético-MG
Os torcedores que cobravam uma resposta da diretoria foram surpreendidos com a decisão do presidente Alexandre Kalil, que deixou a sua sala, na sede administrativa, e foi ao encontro dos manifestantes, travando um diálogo com eles, em que respondeu às mais diversas críticas. Suspenso pelo STJD, o dirigente falou que a indignação é geral.


“Não estou dando entrevista, porque estou suspenso, vim aqui para falar vocês, que a indignação é de todos nós, o sofrimento é de todos nós, vocês não tem ideia, como é sofrido ver você do lado de fora da sede gritando e cobrando. O que a gente pode fazer é arrumar o Atlético, entregá-lo melhor”, afirmou Kalil, aos torcedores.
Segundo ele, o Campeonato Brasileiro está muito no início ainda. “Temos que ter muito cuidado, enquanto os outros estão vendendo, nós estamos comprando”, disse o presidente atleticano. Os torcedores, falando ao mesmo tempo, responderam que o problema é a qualidade dos reforços contratados.

Presidente do Esquadrão Atleticano, uma organizada do time, Moisés Muzzi, explicou que a manifestação desta terça-feira pretende ser a primeira de uma série e que a intenção é envolver cada vez um número maior de torcedores para reverter a situação. Ele destacou o caráter pacífico do movimento.

“Que está acontecendo algo está. Jogadores são contratados, mas não resolve os problemas do Atlético”, afirmou Muzzi, garantindo que não há nada de oposição ao presidente Alexandre Kalil. Os manifestantes aprovaram a atitude do dirigente atleticano de conversar e ouvir as reclamações.

“É uma cobrança aos jogadores, de postura, de profissionalismo. Queremos saber o motivo porque o time caiu desse jeito. Queremos saber porque está nessa situação”, afirmou Muzzi. Para o advogado
Rafael Fernandez, é um absurdo ver o Atlético nessa situação. “O time está vivendo uma vergonha, um vexames, perder faz brio, mas não sem brio e raça”, salientou.

Presidente Alexandre Kalil conversa com manifestantes em frente à sede do Atlético-MG
Não houve nenhum atrito, ou problema registrado pela Polícia Militar, que acompanhou toda a manifestação. Por volta das 19h30, o presidente Alexandre Kalil voltou para dentro da sede do clube e os manifestantes começaram a se dispersar.
Presidente Alexandre Kalil conversa com manifestantes em frente à sede do Atlético-MG
19/07/2011 - 19h47

 Em 10 jogos disputados, o Atlético-MG soma apenas 11 pontos, ocupando a 15º colocação no
Brasileiro. O time vem de derrota para o Santos, que jogou com uma equipe bastante modificada. O presidente Alexandre Kalil disse aos torcedores que manifestações como essa não ajudarão a resolver o problema. “Eu coloco ingresso a R$ 5 para o torcedor ir aos jogos e no estádio, se achar que deve, pode vaiar, cobrar raça, mas tocar tambor e gritar na porta da sede só ajuda aos nossos adversários”, destacou.

Após a oitava rodada, quando o Atlético foi derrotado pela terceira vez seguida, pelo Ceará, por 3 a 0, torcedores receberam os jogadores no Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, com pipoca e moedas de cinco centavos atiradas contra eles. A situação melhorou, após o jogo seguinte, quando o time venceu o América-MG, por 2 a 0, mas a derrota para o Santos acirrou novamente os ânimos.

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