Nas primeiras partidas da temporada, suplentes de Cruzeiro e Atlético-MG fizeram a diferença, marcaram gols e infernizaram as defesas adversárias
Mas também pode acontecer o contrário. Jogadores desconhecidos também podem decidir o clássico. Isto aconteceu a favor dos dois lados. Em 1981, pela primeira fase do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro venceu o Atlético-MG por 1 a 0, com um gol de Jacinto. Sete anos depois, na decisão do estadual de 1988, foi a vez de Jason ser a surpresa e fazer o gol que deu o título ao Galo, na vitória por 1 a 0. Pouco ou quase nada se ouviu falar dos dois jogadores depois da partida em que entraram para a história, mas ninguém pode tirar deles os 15 minutos de fama que tiveram.
Em teoria, os jogadores que começam uma partida no banco de reservas são os menos conhecidos pelo grande público. Claro que há exceções. No Cruzeiro e Atlético-MG deste sábado, às 17h (de Brasília), na Arena do Jacaré, nomes consagrados como Roger e Diego Souza devem começar no banco. Mas candidatos a surpresa e futuros ídolos também vão iniciar o jogo do lado de fora, como Walysson e Dudu, da Raposa, Wesley e Neto Berola, do Galo.
Se a rotina de Cruzeiro e Atlético-MG se mantiver, um deles pode decidir o clássico mineiro e gravar seu nome na história.
Reservas decisivos
- Fico muito feliz de campo, mais feliz ainda por estar de volta ao Cruzeiro. Estou treinando bem, e o professor está vendo isso. Antes, eu ficava mais pelo meio, mas agora estou no ataque. Para mim, é mais fácil jogar aberto pelos lados, ainda mais que no meio está complicado. Disputar posição com o Montillo é difícil.
Já em Nova Lima, no suado triunfo sobre o Villa Nova pela segunda rodada do estadual, a dupla que entrou no segundo tempo, André Dias e Wallyson, foi a responsável pelo sucesso azul. Wallyson fez a jogada pela direita, e o estreante André Dias marcou o único gol do jogo.
Viradas do banco
Na segunda rodada, contra o Tupi, em Sete Lagoas, o time novamente saiu atrás no marcador. A entrada de Neto Berola, porém, mudou o jogo. O baiano fez um verdadeiro carnaval na defesa do Tupi e, além de fazer dois gols, participou dos outros dois. A participação do atacante no jogo mereceu elogios do treinador atleticano.
- O Neto está muito concentrado naquilo que está fazendo. Ele melhorou bastante a sua capacidade aeróbica e tem ganhado uma participação maior em todos os trabalhos. Estamos sentindo que ele está buscando o seu espaço e é um jogador que, com certeza, será muito útil para o Atlético-MG.
Novo capítulo
A história de rivalidade que completa 90 anos em 2011 terá mais um capítulo neste sábado. Quando Cruzeiro e Atlético-MG entrarem no gramado da Arena do Jacaré, poderão surgir novos heróis. Candidatos não faltam. Estão aí Dudu, Neto Berola, Wallyson, Wesley e tantos outros. Se eles vão tomar o caminho da fama e da glória de Piazza e Toninho Cerezo ou o da obscuridade de Jacinto e Jason só o tempo dirá.Tweet

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