18 de fevereiro de 2011

Galo é o time da virada


Nas três vitórias de 2011, Galo saiu atrás no marcador e conseguiu reagir


TR - Atlético-MG X Tupi - Tardelli
Atlético-MG X Tupi - Tardelli

A torcida costuma cantar nos estádios que "o Galo é o time da virada". Pelo menos neste começo de temporada, a música entoada pelos atleticanos vem se justificando e ganhando sentido a cada rodada realizada no Campeonato Mineiro. Passadas três partidas, a equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior alcançou 100% de aproveitamento nos pontos disputados.


Para alcançar esse feito, porém, passou por aperto, sempre saindo em desvantagem no marcador. Foi assim na primeira rodada, contra o Funorte, em Montes Claros, e na segunda e terceira, contra Tupi e Cruzeiro, respectivamente, em Sete Lagoas. O gol do adversário parece ser um despertador para que os jogadores acordem.

Na cultura do futebol, dizem que ganhar de virada é mais gostoso. O sabor se torna melhor pelo fato de a conquista ser alcançada com sacrifício. Mas, no Atlético, apesar das vitórias, ninguém quer saber de correr contra o prejuízo.

A ideia é que já a partir deste domingo, quando enfrentará o Guarani, em Divinópolis, os triunfos continuem acontecendo, mas de forma mais tranquila. Largar na frente no placar e vencer tornam-se os objetivos principais para a quarta rodada.

– Nunca pensamos em entrar e tomar gol, pensando que lá na frente eles vão conseguir fazer os gols. Às vezes, nosso time joga para frente, dá espaço ao adversário e sofre gols. Tendo uma equipe equilibrada e não tomando gol, nosso ataque vai ter oportunidade – comentou Werley.

O armador Ricardinho também não quer saber de passar sufoco. Mas, por outro lado, ressalta o poder de superação alvinegro em 2011.

– Prefiro começar ganhando, mas isso mostra o equilíbrio para virar o jogo. Há necessidade de sairmos na frente e não precisarmos buscar o resultado. Até porque uma hora a virada não vai acontecer e você acaba perdendo – destacou o camisa 10.

Para acabar com a sina de sair atrás no marcador para depois correr atrás da virada, o Atlético precisa urgentemente corrigir um defeito em seu sistema defensivo. A maioria dos gols sofridos pela equipe alvinegra tem acontecido no primeiro tempo, mais precisamente, entre os 16 e 30 minutos. É nesse momento dos jogos que os adversários conseguem tirar mais proveito.

Até o momento, com três partidas disputadas no Mineiro, a defesa do Galo foi vazada três vezes na primeira etapa. Após os intervalos, o time sofreu dois gols, sendo que um deles até os 15 minutos e outro entre o 31o-e 45 ominutos de bola rolando.

– Acho que é pela forma que a equipe joga, aberta, bastante para frente. Fazemos bastantes gols, mas ficamos expostos para tomar muitos gols também. Precisamos procurar acertar isso, damos muito campo para o adversário e, quando jogarmos contra equipes de maior qualidade, podemos ter dificuldade – explicou Zé Luís.

Por outro lado, nas estatísticas o ataque tem funcionado muito mais no segundo tempo. Dos dez gols anotados pela linha de frente de Dorival Júnior, oito aconteceram na segunda etapa. O time tem voltado do intervalo avassalador. Talvez esses números expliquem o porquê de o Galo ser o time da virada neste começo de 2011.

VIRADAS FATAIS EM 2010:
 
Quando assumiu o comando do Atlético, na reta final do Campeonato
 Brasileiro do ano passado, o técnico Dorival Júnior tinha uma difícil tarefa: livrar o clube do rebaixamento. Mas ele conseguiu o objetivo e ganhou muito prestígio com a torcida e diretoria. Para que o feito fosse alcançado, o treinador precisou levar a equipe a duas viradas fundamentais na competição nacional de 2010.

Os triunfos contra Atlético-GO, no Serra Dourada, e Corinthians, na Arena do Jacaré, foram importantes nas contas atleticanas para fugir da degola. E ambos aconteceram com o Galo saindo atrás no marcador e passando sufoco. Diante do Dragão, o resultado positivo só foi alcançado nos acréscimos, depois de o Alvinegro estar por duas vezes em desvantagem. Contra o Timão, duas cabeças de Werley e Zé Luís decidiram.

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