Prata da casa, volante é bem articulado, fala bem e tem estilo clássico de jogar![Fillipe Soutto Atlético-MG (Foto: Valeska Silva / Globoesporte.com) Fillipe Soutto Atlético-MG (Foto: Valeska Silva / Globoesporte.com)](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_s7Yx8_-xk4daL3lYyCrk89uwi_2KBAvFQ__n7jb9q4RdySDoneDvin2A1bJfHFjZ7kqnjexdY2VN7rwtQDKpI9vCNkwA28Sne4ejlJpPKuSwXqmPH12PFZCQ1FRD6uuVgj5BsBWBszcVsEybE=s0-d)
Fillipe já defendeu o Galo em 13 oportunidades
Uns dizem que ele tem o estilo clássico de Toninho Cerezo. Para outros, seu futebol lembra o jeito elegante de Falcão. Alguns já comparam seu jogo com o do argentino Fernando Redondo, também canhoto. Ele agradece as comparações e se diz envaidecido, mas quer marcar seu nome na história do futebol com estilo próprio.
No Atlético-MG desde os seis anos de idade, Fillipe Soutto é um jogador diferente. Mostra maturidade de veterano, mesmo com apenas 20 anos de idade. Bem articulado, não se inibe diante de câmeras e microfones. E sabe bem onde quer chegar na sua carreira futebolística.
- Comecei muito novo, somente pensando em me divertir e ter uma ocupação, além da escola. Com o passar do tempo, fui me destacando na escolinha e tive a oportunidade de fazer uma avaliação no Atlético-MG muito novo e consegui seguir na carreira. Claro que existem problemas e dificuldades, mas conto sempre com a ajuda e o apoio da minha família. Até onde eu pude, no final do ensino médio, consegui conciliar os estudos com a carreira. Terminei o segundo grau e, além de fazer minha alegria, em poder continuar no futebol, alegrei os meus pais, por ter conseguido. A minha trajetória na vida, entre futebol e escola, foi muito boa. Minha vida hoje é apenas o futebol e o Atlético-MG, e é nele que quero me destacar.
As comparações com grandes craques do passado não incomodam Fillipe Soutto, que diz aprender muito com jogadores que fizeram história no futebol.
- Eu penso que se pegar os pontos fortes destes jogadores e conseguir agregar ao meu futebol vou ser tão bom quanto eles no futuro. Não penso em chegar onde eles chegaram, até porque tenho que fazer a minha história no futebol. Procuro me espelhar neles, sabendo que foram grandes jogadores e ídolos. Se hoje eles têm o nome que têm, é porque batalharam muito e conseguiram o sucesso. Pra eu chegar onde eles chegaram, preciso trabalhar muito e me dedicar para me tornar, cada vez mais, um jogador respeitado.
Apoio na família
Fora de campo, Fillipe Soutto é bem tranquilo. Mora em um condomínio num bairro de classe média, na zona norte de Belo Horizonte. Caseiro, frequenta a igreja e gosta de passar as horas de folga com a namorada e a família.
- Meu pai é engenheiro mecânico e minha mãe é administradora de empresas. Mesmo trabalhando muito e tendo uma rotina muito puxada no trabalho, tenho uma relação muito presente com eles. Com minha irmã também, namorada, amigos. O tempo que tenho livre procuro estar sempre com eles para distrair e buscar forças. Creio que se não fosse a presença deles, marcante na minha vida, em alguns momentos teria desanimado. Devo muito a eles.
Foi na família que Fillipe Soutto buscou apoio quando viveu seu pior momento como jogador profissional. O volante passou por uma artroscopia no joelho direito e teve que acompanhar os jogos do Galo do lado de fora do campo.
Após a artroscopia, volante já voltou a treinar com bola (Foto: Lucas Catta Prêta / Globoesporte.com)
- Eu confesso que é mais difícil, sabendo que há poucos dias, eu estava dentro de campo, contribuindo de uma maneira mais efetiva. Assistir aos jogos, seja com familiares ou até sozinho, às vezes, é difícil, é um pouco diferente, mas estava torcendo e com a cabeça sempre no Atlético-MG. Acredito que todos que saírem, seja por suspensão, lesão ou qualquer outro motivo, vão estar cientes disso, sabendo que o grupo é muito forte e unido.
Ausência
Coincidência ou não, depois que Fillipe Soutto se contundiu, o Atlético-MG caiu de produção no Campeonato Brasileiro, despencando da liderança para a 15ª colocação na tabela. O volante mantém a humildade e diz que a oscilação do time é rotineira numa competição como o Brasileirão.
- A gente procura analisar todo o elenco do Atlético-MG e vê que tem grandes opções para todas as posições. Achar explicação para uma vitória é muito fácil. Falar que o time jogou bem, que teve sorte, isto é mais tranquilo. Agora quando se perde não se pode pensar que todos são ruins ou não têm condições. Eu acredito que o time do Atlético-MG passou por um momento difícil, o que é natural num campeonato tão nivelado. Claro que a gente não queria perder com uma grande quantidade gols, mas perdemos. Isto faz parte do campeonato, mas não foi pela minha saída ou pela entrada de A ou B. Foi um momento ruim e natural dentro do futebol, que estamos sujeitos a passar. Mas tem tudo pra voltar e dar uma boa engrenada.
Eu me dou bem com ele. Sei que é um grande profissional, é um homem de caráter, que não foge da pressão"
Fillipe Soutto, sobre Dorival Jr.
Dorival
Fillipe Soutto não esconde a gratidão que sente pelo técnico Dorival Júnior. Foi Dorival quem subiu Fillipe das categorias de base para o time profissional, em setembro do ano passado.
- Eu me dou muito bem com ele. Sei que é um grande profissional, é um homem de caráter e responsabilidade, que não foge da pressão. Sei que devo a ele minha sequência no profissional e minha sequência de jogos. Sou grato a ele e espero que ele tenha sucesso aqui no Atlético-MG comigo e com todo o elenco.
Ao todo, Fillipe já disputou 13 jogos com a camisa do Galo. O 14º pode ser no próximo domingo, às 16h (de Brasília), quando o Alvinegro recebe o Vasco, no Ipatingão. Fillipe deve participar dos treinamentos normalmente esta semana e espera ser relacionado para a partida. Tweet
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