21 de novembro de 2010

Galo vinga derrota na Sul-Americana, bate Palmeiras e respira


O Atlético-MG entrou em campo com o time reserva nas quartas de final da Copa Sul-Americana e acabou eliminado pelo Palmeiras. Neste domingo, deu o troco. Justamente contra um time alviverde repleto de suplentes, venceu por 2 a 0 em Araraquara e pôde finalmente respirar no Campeonato Brasileiro.

Após reviver a tensão de ser ameaçado pelo descenso, o Atlético-MG chega às duas rodadas finais com mais tranqüilidade, apesar de ainda correr riscos. Com 42 pontos, tem cinco a mais que o Avaí, primeiro integrante da zona do rebaixamento. Vale lembrar que a equipe catarinense entra em campo ainda neste domingo contra o Atlético-GO.

O resultado comprova a reação do time sob o comando de Dorival Júnior após amargar 21 rodadas seguidas na zona do descenso. A equipe atinge uma invencibilidade de quatro jogos no Brasileiro. "Todo jogo para gente está sendo como uma final, esse jogo foi uma final. Contra o Goiás vai ser outra final. E se a gente ganhar a gente sai dessa situação incômoda", comemorou Neto Berola.

Já o Palmeiras ocupa a zona intermediária da tabela com 50 pontos e caminha para a reta final sem muitas pretensões, já que está focado na Sul-Americana. Após vencer o Goiás por 1 a 0 no jogo de ida das semifinais, precisa apenas do empate para chegar à decisão do torneio continental.

Com o foco na Sul-Americana, o técnico Luiz Felipe Scolari não escalou sequer um jogador considerado titular e deu espaço para atletas que não vêm atuando ou jovens promessas como Gualberto e Fernando. Ainda assim, a equipe dominou o início do jogo impondo um forte ritmo com muita velocidade.

O Atlético-MG tinha dificuldades de acompanhar o adversário e quase levou um gol logo no início quando Fabrício acertou uma bola na trave. Apesar de precisar do resultado, o time alvinegro se mostrou sonolento, apático e via o rival chegar com mais perigo exigindo do goleiro Renan Ribeiro.

Com o passar do tempo, o Palmeiras caiu de ritmo e o jogo ficou ainda mais morno. O Atlético tentava cadenciar as jogadas, mas sem sucesso. Dessa forma, precisou de um lance isolado de Diego Souza, que cobrou falta com precisão para abrir o placar aos 30 minutos. Em respeito ao ex-clube, não quis comemorar. “Independente da minha saída, tenho um carinho grande pelas pessoas que trabalham. Tudo foi muito bom”, disse, no intervalo.

À frente no placar, o time mineiro assumiu o controle do jogo, principalmente por ficar com um mais em campo com a expulsão de Gualberto, mas não conseguiu concretizar a superioridade em gols. Dessa forma, a equipe foi para o intervalo com o 1 a 0 e o desabafo de Diego Tardelli, que saiu lesionado para a entrada de Neto Berola. “Fiz o drible, passei, achei que o Fabrício foi na maldade. Não adianta bater, me tirar do jogo e depois pedir desculpa."

No segundo tempo, o jogo caiu de qualidade e seguiu a tônica da etapa inicial com o domínio do Atlético-MG. O Palmeiras pouco ameaçou o Renan Ribeiro, enquanto o adversário detinha a posse de bola que precisava para manter o resultado, mesmo que pecasse na criatividade.

Aos 33 minutos, o Atlético chegou ao segundo gol em uma jogada que começou com Obina e terminou com Neto Berola. O Palmeiras já estava recuado demais e, sem esboçar reação, pouco pôde fazer. Dessa forma, o placar de manteve inalterado até o apito final.

O Palmeiras agora volta suas atenções para a competição internacional. Na quarta-feira, faz o segundo jogo da semifinal diante do Goiás. Coincidentemente, o próximo adversário do Atlético-MG também [é o time esmeraldino pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, domingo, na Arena do Jacaré.

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