Treinador viveu momentos bons e difíceis na atual temporada e espera
que continuidade do trabalho à frente do Atlético-MG renda ótimos frutos
A tranqüilidade e as palavras sempre ponderadas têm sido a marca do técnico Dorival Júnior desde que chegou ao Atlético-MG, há pouco mais de dois meses, para apagar um incêndio que tomava grandes proporções. Nem mesmo quando o time chegava a triste marca de 21 rodadas sem sair da zona de rebaixamento ele mudou o comportamento sereno.
Fogo disseminado e Galo garantido na Série A, não seria agora que o treinador mudaria. E tem feito questão de manter a postura humilde que, segundo ele, tem o ajudado a consolidar uma carreira vitoriosa, seja de títulos, seja de superação de desafios - como o que assumiu o comando do time mineiro.
- Nunca planejei muito a minha vida. Graças a Deus, ela sempre caminhou bem. E 2010 foi um grande ano para mim, marcado por momentos alegres e difíceis. Tudo foi sendo plantado nas outras equipes e acabou canalizado aqui para o Atlético.
Por momentos alegres e difíceis entenda-se, por exemplo, a conquista do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil com o Santos, a briga com Neymar (que acabou com a dispensa do treinador do time paulista), a vinda para o Galo que fazia uma campanha ruim e, finalmente, os 3 a 1 sobre o Goiás, resultado que garantiu a equipe alvinegra na Série A do ano que vem.
- Vivi aqui uma situação pela qual nunca tinha passado. Fica a lição para todos nós, desde a diretoria do clube até a torcida. Isso é mais do que importante. O Atlético sempre fez a diferença. Por que? Porque sempre conseguiu unir torcida e atletas. E essa integração é que fazia que os resultados acontecessem. Em algum momento, neste ano, aconteceu o contrário. Não sei o que houve. Mas os erros aconteceram e eles serão mais do que importantes para refletirmos na hora em que dermos uma parada. E, aí, cada um vai fazer, individualmente e dentro de sua própria visão - e depois a gente faz com o grupo - essa reciclagem, que é importante para que não se caia, novamente, no mesmo erro.
Por tudo o que viveu no Atlético em apenas dois meses e duas semanas, Dorival Júnior espera uma temporada melhor em 2011. Apesar de pouco tempo no clube, conseguiu conhecer o time suficientemente para tirá-lo da situção que estava. Agora, já começa a planejar o ano que vem. Qual jogador permanece e qual sai, ainda não se sabe. A única certeza é que, segundo o treinador, todos aprenderam a lição. E quem ficar não vai se esquecer daquilo que passaram.
- O Atlético tem que se preparar. Com tudo o que temos aqui é impossível não estar na disputa de títulos. Mas é preciso pensar em um trabalho planejado, com tempo. Foi assim no Fluminense, que tem se preparado há dois, três anos para estar onde está. Foi assim com o Cruzeiro, que vem mantendo a sua base. E também com o Corinthians, que segue um trabalho planejando desde que o Mano (Menezes, atual técnico da Seleção Brasileira) chegou. No Atlético-MG não pode ser diferente. O trabalho bom é aquele a longo prazo.
Joelho operado
Dorival Júnior apareceu na Cidade do Galo com o joelho esquerdo enfaixado. Ele se recupera de uma artroscopia, procedimenrto cirúrgico relativamente simples, durante o qual o cirurgião vê a área da articulação em um monitor e pode diagnosticar e reparar o tecido lesionado, como ligamentos e meniscos, por meio de dois pequenos furos na região. Nada muito grave, mas que incomodavam ao treinador há cerca de dois anos.
Ele conta que sentia dores frequentemente e sempre recorria aos exercícios para fortalecer a musculatura. Consequência dos vários anos em campo, quando ainda era volante do Guarani, do Grêmio, do Palmeiras, do Juventude - algums dos times que defendeu enquanto jogador. Tweet
Nenhum comentário:
Postar um comentário