Principal clássico mineiro completa, em 2011, 90 anos. Novo capítulo do encontro entre Atlético e Cruzeiro será escrito neste sábado, na Arena do Jacaré
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Cruzeiro e Atlético escrevem, neste sábado, às 17h, na Arena do Jacaré, um novo capítulo de uma história que completa 90 anos em 2011. Desde a primeira partida entre os clubes, em 1921, mais de 400 duelos foram travados, a maioria deles em Belo Horizonte, por torneios locais, regionais e nacionais.
O primeiro foi um amistoso em 17 de abril de 1921, no antigo Estádio do Prado, em BH, onde hoje é o Batalhão da Polícia Militar, na rua Platina. Então Palestra Itália, o time cruzeirense venceu por 3 a 0, com dois gols de Atílio e um de Nani. Recém-criado, recebeu uma medalha de ouro pelo triunfo sobre o rival, fundado 13 anos antes e que na época dividia o posto de principal clube da cidade com o América.
| "No Mineiro de 1970, fizemos um grande jogo e a torcida do Atlético expandiu em alegria pois foi um desabafo. Havia muito tempo que o Galo não vencia o Cruzeiro. É muito bom fazer parte dessa história" |
Era apenas a primeira de muitas polêmicas que ocorreriam na história do clássico. A maior divergência até hoje está relacionada às estatísticas do duelo. De acordo com os números do Galo, foram 467 jogos, com 189 vitórias atleticanas, 123 empates e 155 triunfos azuis. Já nas contas do Cruzeiro são 449 confrontos, com 154 vitórias celestes, 119 empates e 176 triunfos do rival.
O desencontro se deve à política adotada pelos clubes. O Cruzeiro desconsidera amistosos e torneios extraoficiais disputados por times mistos, além de partidas com tempo regulamentar inferior a 90 minutos. Já o Atlético leva em conta os jogos nos quais os times estejam com uniforme oficial, haja arbitragem e seja respeitado o tempo definido pelo regulamento da competição em questão – nos primórdios, a duração das partidas, em alguns casos, era inferior a 90 minutos.
Com o Gigante, o clássico se agiganta
| "O jogo que mais me marcou durante meus 14 anos de Cruzeiro foi em 1967, quando perdíamos por 3 a 0 no segundo tempo, com um jogador a menos desde o primeiro tempo, o Tostão deixou a partida aos 5 minutos de jogo por contusão e mesmo assim empatamos" |
Em pouco tempo, o clássico passou a ter média de público de aproximadamente 90 mil torcedores por partida. O ápice de bilheteria ocorreu no Mineiro de 1969, quando 123.351 pagantes viram o triunfo celeste por 1 a 0 – recorde de público pagante do Mineirão em toda a sua história.
Até mesmo nos jogos disputados no Gigante da Pampulha há diferença nas estatísticas. De acordo com o Cruzeiro, são 218 partidas, sendo 80 vitórias celestes, 69 empates e 69 derrotas. Para o Galo, foram 224 jogos, com 72 vitórias alvinegras, 71 empates e 81 derrotas.
Ídolos e jogos inesquecíveis
| "Meu primeiro clássico, quando ganhamos de virada por 4 a 2 e eu marquei o gol da vitória, no Brasileirão, foi o início da grande identificação que tive com a camisa do Cruzeiro" |
O argentino Sorín, campeão da Liga dos Campeões pela Juventus e da Libertadores pelo River Plate, disputou oito jogos contra o Galo, também guarda boas recordações. “É um dos clássicos mais bonitos que já presenciei, é um clássico nacional, mas é uma disputa de quem vai ser o dono da região. Meu primeiro jogo foi inesquecível, pelo Brasileiro de 2000, ganhamos por 4 a 2. Perdíamos de 2 a 0 e eu tive a felicidade de fazer o gol da virada”.
| "Sempre falo que não só fazer parte da história do clássico, mas da história do Atlético, é muito gratificante. Deixei o clube há quase 10 anos e, quando vou a BH, sou muito festejado pelo torcedor. São coisas que ninguém pode apagar" |
Um dos ídolos recentes da torcida alvinegra, Guilherme balançou as redes cruzeirenses nove vezes com a camisa atleticana e também fez gol no Galo vestindo as cores celestes: marcou dois em partida pelo Mineiro de 2004. Ele, contudo, aponta os jogos pelas quartas de final do Brasileiro de 1999, quando defendia o alvinegro, como os mais especiais: “Principalmente pelas circunstâncias, pois falavam que o Atlético não tinha estrutura e tecnicamente o Cruzeiro era superior. Mas o nosso time estava unido. Por tudo isso e ainda valendo vaga em semifinal de Brasileiro foi inesquecível. Curioso que nesta semana gravei em DVD´s alguns gols que marquei, inclusive esses de 1999. Boas lembranças”.Tweet

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