17 de julho de 2011

Na volta à Vila, Peixe leva a melhor sobre o Galo em jogo de muitos erros


Alguma movimentação, só no primeiro tempo, quando saíram os três gols da partida. Na etapa final, time mineiro tentou pressionar, mas faltou qualidade

Oliveira Atlético-MG Diogo Santos (Foto: Ag. Estado)

A Vila Belmiro passou 41 dias fechada. Ultimamente, o Santos vinha priorizando jogos no Pacaembu, onde consegue boas rendas. Mas ainda vai demorar um pouco para que o estádio alvinegro assista uma boa partida de futebol. Isso porque Peixe e Galo, num show de erros, ficaram longe de disputar um confronto à altura de suas tradições. Menos mal para o time da casa, que aproveitou suas duas únicas chances de gol e venceu por 2 a 1, neste sábado à noite, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe mineira, que comandou o segundo tempo, errou demais tanto no último passe, quanto nas finalizações, e acabou castigada.


Com o triunfo, o Santos vai a 11 pontos e se afasta da zona de rebaixamento, subindo para o 13º lugar. Já o Atlético, com a mesma pontuação, mas dois jogos a mais que o Peixe, cai para 15º e volta a ficar perigosamente perto da linha vermelha.

O Santos só voltará a jogar no dia 27, contra o Flamengo, na Vila, pela 12ª rodada. O jogo do Alvinegro Praiano contra o Grêmio, que seria no próximo fim de semana, passou para o dia 5 de outubro. Já o Galo, no dia 24, domingo, recebe o Vasco, em Ipatinga.

Santos e Atlético-MG fizeram um jogo equilibrado, mas sem brilho algum na Vila  (Foto: Ag. Estado)
Jogo esquisito; vantagem santista
Havia alguma coisa fora da ordem na Vila Belmiro. A jogada do segundo gol santista sobre o Atlético-MG, aos 43 minutos do primeiro tempo, é a evidência mais concreta disso. Borges converteu um pênalti que foi sofrido pelo zagueiro Bruno Aguiar, que recebeu passe de calcanhar de outro defensor, Durval. Bruno e Durval, nem de longe, lembram atacantes habilidosos, mas acertaram uma ótima tabela. Realmente, não era um jogo normal.
Como também não foi comum a postura do Santos em campo. Três zagueiros, seis jogadores no meio de campo e apenas Borges mais à frente, perdido entre os zagueiros do Atlético. Um esquema bem mais retraído, para explorar contra-ataques. Algo muito raro em jogos do Peixe nos últimos tempos. O santista se acostumou a ver o Peixe agredindo, tomando a iniciativa. O técnico Muricy Ramalho surpreendeu ao escalar o meia Felipe Anderson na armação de jogadas e o jovem Wesley Santos na lateral-esquerda, no lugar de Léo, abatido por uma sinusite. Wesley não comprometeu, já Felipe mostrou indecisão em vários lances, pecado mortal para um criador de jogadas.
O Atlético, marcando muito forte, conseguiu prender o Santos, vigiando muito bem as investidas alvinegras. O Galo marcou forte Diogo, Felipe Anderson e Borges. Aliás, isolou o centroavante santista do restante da equipe. Com a bola, procurava sair rápido, sobretudo em jogadas pela direita, com Patric. O problema dos visitantes é que o Santos tem volantes de qualidade. Com seus meias anulados, Muricy soltou bem Arouca e Danilo. Este, aos 23 minutos, recebeu a bola pela meia esquerda, cortou para a perna direita e acertou um lindo chute, com efeito, abrindo o placar.
O Galo não se entregou e empatou logo em seguida, num pênalti claro cometido por Bruno Rodrigo em Magno Alves. Jônatas Obina ignorou o ritual do goleiro santista Rafael, que, como sempre, pulou e correu sobre a linha para tentar desestabilizar o batedor. O atleticano não deu a mínima e bateu no meio do gol.
O Peixe, então foi para o abafa e passou a jogar a bola alta na área, tentando explorar a altura de seus zagueiros. Ironicamente, foi pelo chão que os defensores resolveram, no lance do pênalti convertido por Borges.
Chutões, faltas, sono...

O primeiro tempo não foi lá essas coisas. Mas pelo menos houve os três gols. Duro mesmo foi o segundo tempo. Um festival de chutões pelo alto, faltas, passes tortos e pouquíssimas chances de gol. O Atlético esteve mais bem posicionado, jogando praticamente dentro do campo do Santos, mas sem conseguir ameaçar efetivamente o gol de Rafael.
Já o Santos tentava surpreender em algum contra-ataque. Havia espaço para isso. Faltava, porém, qualidade. Ao contrário do que aconteceu na etapa inicial, Danilo e Arouca ficaram muito presos, mais preocupados em marcar. Felipe Anderson sumiu, Borges, sozinho na frente, mal via a bola.
Aos poucos, o Galo passou a colocar a bola no chão em vez de tentar os chutões na direção do gol. E passou a ameaçar. Rafael fez uma boa defesa para cortar passe de Magno Alves para Jônatas Obina. A torcida atleticana, sentindo o melhor momento de sua equipe, passou a fazer barulho. Neto Berola, que entrou para atuar pela direita, dava algum trabalho, sempre rondando a área com perigo. Faltava aos mineiros, porém, o último passe.
Tudo o que o Peixe queria era o fim do jogo. Muricy reforçou a já cerrada defesa com a entrada de mais um zagueiro: Vinícius Simon. Agora, eram quatro defensores em linha fechando a entrada da área, afastando a bola para onde desse.
E ficou nisso. O Atlético tentou pressionar, mas não teve qualidade para furar o bloqueio santista.
SANTOS 2 X 1 ATLÉTICO-MG
Rafael, Bruno Aguiar, Bruno Rodrigo e Durval; Pará, Arouca, Danilo, Felipe Anderson (Roger Gaúcho) e Wesley Santos (Vinícius Simon); Diogo (Tiago Alves) e Borges. Giovanni; Patric, Réver, Leonardo Silva e Guilherme Santos (Wesley); Toró, Serginho, Caio (Giovanni Augusto) e Daniel Carvalho (Neto Berola); Magno Alves e Jônatas Obina.
Técnico: Muricy Ramalho Técnico: Dorival Júnior
Gols: Danilo, 23, Jônatas Obina, 26, Borges, 41 do primeiro tempo;
Cartões amarelos: Danilo, Bruno Rodrigo, Borges (Santos), Toró, Caio, Rever, Neto Berola (Atlético)-MG
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP). Data: 16/7/2011. Árbitro: Arílson Bispo da Anunciação (BA), auxiliado por Adaílton José de Jesus Silva (BA) e José Oliveira dos Santos (BA). Público e renda: 4.717 pagantes/R$ 84.700,00

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